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Cardilium

Cardilium

Vive-se

Vive-se nas rotinas dos horários das nossas "desnecessidades" como convém,
E na vontade alheia que impõe, castra e detém.

 

Vive-se na aglomerada urbe a que se chama cidade e afins,
E onde desabitados estão os jardins.

 

Vive-se numa desenfreada correria animalesca,
Onde tudo é bom e, tudo se dispensa.

 

Vive-se só para gastar a vida,
Sem tempo de abraços, - vida "desvivida"-.

 

Vive-se sem se viver,
Vive-se para morrer.

 

Vivo sem amar a noite e a lua,
Vivo sem beijar a pele que é tua.