Ventre e luz como a virgem maria
O espelho, a miragem, o teu angulo ao desapareceres na porta, o terraço, tu adormecida, eu inquieto.
Eu sossegado, tu a acordar no quarto onde o eco grita o teu nome, a caneta pousada em cima do livro que sublinhaste, o relógio de ponteiros luminosos como a virgem maria, a caneca tombada e esvaziada.
Tu, inquieta, eu a contar histórias sobre astros às estrelas, a garrafa entornada no chão quente do terraço, agosto ali, o desejo dentro do quarto e os planetas alinhados em saturno no céu.
Tu sossegada, descansando o teu peito nos meus joelhos, a tua cara no meu ventre, sim, porque os homens também têm ventre, desventrado, mas é um ventre, infértil.