silaba por silaba
Silaba por silaba falei-te da minha intuição,
do que nem deus sabe acerca de mim,
do meu visceral sentir.
Mostrei-te a minha razão e sensibilidade,
tudo o que se dilui em mim,
a esperança,
a confidência,
o corpo.
Tudo te disse num sussurrado murmúrio,
num grito roufenho desesperado,
demonstrei-te na constelação das estrelas que caíam,
no ultimo raio de sol,
na lua azul do mar moreno, na madrugada e no amanhecer.
Nada foi suficiente, mesmo declamando silaba por silaba.