Sábio pobre
Vale esta poesia que me abraça.
Este pequeno rio onde a margem me sossega.
O delirio da canção que me exalta.
A velha praça destruida.
Os velhos cansados de velhice.
Os jovens fartos de juventude.
Todos insatisfeitos das suas satisfações.
Enquanto isso, vale o tempo que dedico ao entendimento da triste e ansiosa vida, chorosa de mil razões sem nexo ou casualidade.
Permito-me no dia de hoje ser um sábio pobre, que a riqueza não abona quem de esperança se aliena.