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Cardilium

Cardilium

Reclamação ao desencantamento

Cabeça de plebeia,

Barriga de rainha,

Assim reclama quem a fome nunca albergou,

E em tudo e em nada,

Se descontenta,

Com o mesmo agrado,

Do desagrado de quem é sabedor do frio que crassa a alma,

E o vento que fere o espírito.

 

Assim reclama,

Na mais profunda existência do próprio ser,

O desconforto de não encontrar,

O que se exclui “num eu exterior”,

No desembargo alegórico,

De não encontrar desnudado,

“Um eu interior”,

Somente de paz, mais do que de discórdia.

 

Assim se reclama o desencantamento, de não se achar, o que se detém.