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Cardilium

Cardilium

Primavera perturbada

Nesta primavera perturbada,

Nascida do nevoeiro,

Aquecida na tarde inquieta,

Espero o fresco do jazz pela noite trazido.

As papoilas rubras misturadas de delírio,

Pertencem ao meu imaginário,

Tomam os meus cheiros,

Os meus sentires,

A minha paixão,

A distância a que me sinto de mim.

 

Nem esta tarde nem esta primavera me angustiam,

Sossego-me no prazer de me rebolar,

No campo plantado de alecrim,

E na espiga já crescida,

Que baloiça com o vento,

Num bailado que me mata as horas,

E me sufoca extasiado.