piano e dunas
Os ruídos melódicos do piano sussurram acordes que já não cabem no peito.
Eu, bato com os dedos no braço da cadeira tentando descobrir o ternário compasso. Enquanto ausente desabitado de mundo, fora de mim, o mar, em aviso revoltado desenha a beleza que tem o sal a soltar-se das ondas em lágrimas que terminam na praia, que falecem e ressuscitam na areia das dunas sentadas na encosta.
O piano continua juntando sustenidos com bemóis, menores com acordes de sétima, e os meus dedos continuam tentado acertar a compasso.