Os corpos habitam-se de vidas
Os corpos habitam-se de vidas.
Os corpos erguem-se de jardins que florescem, sem que a primavera ainda tenha rompido o inverno. Os corpos pedem corpos por companhia. Pedem ternos embalares para se esquecerem dos amores mortos em guerras sangrentas, a que nós do lado de fora dos corpos chamamos amor, como se amar fosse composto por desacatos de alma e searas por semear.
Os corpos? Habitam-se de vidas.