O recanto
Bradem as árvores na mansidão da terra,
os corvos sombreiam as pedras,
o ar quente trespassa o peito,
costas adentro o silêncio ruge austero,
os órgãos arrumam-se no corpo,
ganem até,
ganas dá-me ser estreito e apertado o caminho,
as silvas criam amoras,
os figos acabam nos torrões secos de setembro,
a água corre fina na fonte que teima em não secar,
o corpo foge do corpo,
o recanto fresco espera o anoitecer.