O “camaleonismo”
O “camaleonismo” renega a própria essência, é uma “substância” acessória, não essencial. A camaleónica vontade de ser, estar ou gostar, de acordo com os gostos não vigentes do bem-estar que nos oferece o prazer do que gostamos, é a subtração do que se é, sem adicionar o que quer que seja em direcção ao parecer bem.
O conhecimento são plataformas de partilha que se multiplicam de cada vez que se apresenta, um autor, um músico, um pintor, uma cidade, uma cor, um cheiro, uma floresta, uma flor, um rio, uma madrugada a alguém. Multiplica-se por cada pessoa a que nos apresentamos, pode ser, vezes um, vezes cem, vezes mil, o que for, recebemos pela mesma ordem de grandeza.
O “camaleonismo” é uma falácia intelectual e emocional. É procrastinação. Desconfio sempre das mudanças bruscas sem sustentação. Desconfio, mas vejo-o por todo o lado.