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Cardilium

Cardilium

O amor por ser amor, já é amor

Quando se disfarça a poesia de prosa e a prosa sangra de sentir, muda a prosa de planeta e a poesia de palavras.

 

O céu veste-se de cor, o mar de amantes náufragos, o vulcão há anos adormecido espreguiça-se e cospe fogo, todo o amor se reúne de todo o sentir, não há mesa que o albergue, vida onde caiba, planeta onde sobreviva, foz onde desague, e nunca chega ao fim, nem sequer nunca começa, que não há suficientes lagrimas que o chorem, suficientes lábios que o sorriam, suficientes bocas que o beijem, suficientes mãos que se passeiem dadas, suficientes noites que amem, que o amor não tendo início não tem fim, não tendo explicação, não tem questão, não tem amores iguais a outros que o foram ou venham a ser, não tem quadra rimada ou prosa soletrada.

 

O amor de tão simples ser, tem a complexidade latente do medo de terminar. 

 

O amor por ser amor, já é amor.

 

Pouco a dizer, nada a acrescentar, nada a argumentar, tudo a viver.

 

Só,

Viver!

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