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Cardilium

Cardilium

Não sei como não vês

Não sei como não vês que fico sem saber dar os passos que dou todo o dia quando te encontro e tropeço de pés bêbedos com as pernas sem forças a deixarem de reconhecer o caminho,

Não sei como não percebes que o meu “olá tudo bem” não quer dizer nada do que essas três palavras representam por norma e delas saem desregradas tentativas de dizer outras três mil palavras que não me ocorrem,

Não sei como não entendes que as minhas mãos ficam sem sítio onde se colocarem, sem espaço onde se abraçarem, sem dedos que sejam capazes de serem indicadores,

Não sei como atinges o desfalecimento do meu coração, e sorris em resposta com o um “olá tudo bem”.

Fazes de mim um inconsolado homem, estarrecido, sem ideias.  

Não sei como não vês …

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