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Cardilium

Cardilium

Não são as palavras que enchem a alma

Guardo num escaparate um frasco de cheiros. Um frasco fosco de momentos quentes pintados de imagens claras. A música dança ao vento como uma maluca. Pela manhã a saudade saiu de casa. Ainda não voltou. Fica pela madrugada fora a falar com estranhos, daqueles que metem coca e bebem até à madrugada seguinte. Fica presa ao pesar do tempo. Saudades que eu tenho de ficar preso às madrugadas pesadas de tempo.

 

Não se pode encher a alma com palavras as palavras esvaziam-na. A alma enche-se de momentos. A poesia já não é uma prenda. Já não escreve nem descreve o percurso. A poesia pintou Abril. O Abril converteu-se em oposição como existência.

 

Grandes vagas embatem de encontro à vida. Não sei se me vou pôr a caminho. Se me perco. Se me encontro. Se me deixo ir pelo beijo, pelo abraço e pela contradição. Sábado esta aí …. Bem-vindo.

Fica o sonho de me revisitar ainda um dia.