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Cardilium

Cardilium

metamorfose constante

Sempre vivi num sentido que não o meu,

De cada vez que o encontrei,

Deixou de o ser,

Passei a habita-lo com a vã necessidade,

De continuar esta procura sem fim.

Entendo hoje que não pertenço ao mundo,

Existem vários mundos,

Vários sentidos,

Vários eus,

 

E uma metamorfose constante e interminável.