Maré, maremoto ou vulcão
Podia citar Agustina, Florbela ou Pessoa,
A tabacaria ou a Ofélia mais sofredora,
Os poemas construídos pela dor, raiva e pelo medo,
Ao meu passado presença de futuro,
Às fobias ou paranóias,
Ou simplesmente a nada.
Podia fingir ser maré, maremoto ou vulcão,
Passarola voadora como Gedeão,
E se nenhum deles me inspirasse,
E se de nenhum deles falasse,
Não faria das palavras deles,
O meu sentir delirante.
A imperfeição conseguida fica mais perto do coração.