Mansamente, estrela, mansamente!
Mansamente,
o desejo de que a ilha tivesse invadida apoderou-se de mim,
ver-te,
já era alegria no meu peito,
um dia desafiei-te a “desdançar”,
acedeste embelezada por teus lábios de sorriso,
mais tarde,
o teu nome ficou por metade segredado à outra metade,
agora,
as mãos já não são somente mãos dadas,
o peito,
já não é apenas peito abraçado,
o desejo é:
- que mansamente as encantadas madrugadas habitadas de palavras e vida partilhada, sejamos nós -
um dia,
dissemos sim como a moça mais linda do bairro operário aconteceu no poema que cantámos dedilhado,
agora,
sobrevivemos à saudade guardando o tempo num abraço e caminho velado.
Mansamente, estrela, mansamente!