Homem mascarado de destemido
Em muitas horas já fui frágil,
homem mascarado de destemido,
as mazelas do meu fígado,
incorporam,
o meu pensamento,
o meu sentir.
Já fui um fraco homem,
a sentir-me invencível,
um sortudo declamando o azar,
um alcoólico em carnaval diário,
um aglomerado de fantasia e devaneio.
Reparti os dias em bocados de miséria de mim,
tornei-me num homem pagão,
ateu, abstémio, rendido, prendido,
a uns laivos de memória sem passado,
com promessa de futuro, acrescentando ao espirito … a alma e o sonho.