Homem
O homem entra na noite esperançado de encontrar flores que o reconheçam.
Em alguma loja antiga as ruínas cuidam das flores.
Flores órfãs. Flores de existência soberba e sem canteiros onde pertencer.
O homem pára. Esconde-se da viuvez de saudade.
Limpa a lágrima que lhe cai segurando-a.
A guitarra roufenha estala acordes que gemem o caminho que lhe falta fazer.
As flores, as ruínas, a orfandade da viuvez da saudade.