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Cardilium

Cardilium

eu? deito-me para acordar.

quando me deito é quando acordo,

e quando me levanto é quando adormeço,

é a vida em negação abençoada,

dói tanto,

mas dói menos,

adormecer quando me levanto e acordar quando me deito.

 

penso tanto e em tão pouco,

nas noites de pranto e desgosto,

que sinto perdido o pensamento,

dos meus próximos mas ausentes.

 

atravesso a mais bela solidão da minha vida,

na floresta, o vento canta doce a afinação funesta da poesia,

leio o outono,

vejo o suicídio de todos os homens em avessas concordâncias,

e a mais bela mulher envelhecida,

descobre a vida já tardia.

 

 

enquanto isso,

uns idiotas debitam frases nas redes sociais, negligenciadas de saber e enriquecidas de recados incoerentes e ignorantes.

 

o vento acalmou,

chegou ao céu,

eu?

deito-me para acordar.

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