doei
Doei-te palavras de poemas,
Gargalhada e choro,
Paisagens de montanhas e mar,
Foz de rios e nevoeiro,
Prados e lagos inacessíveis;
Ofereci-te a nascente de mim.
As minhas mãos escravas nas tuas,
Carpiram rugas não mais desfeitas,
Dentro do mesmo tempo,
Vi escuridão e luz;
A tua boca na minha,
Já é só recordação.
Sorvo no peito uma rocha,
Que sei ser dono de alma,
Que o meu peito já não sente,
O que sinto eu de falta,
Palavras feitas de poemas,
Adormecer na lua alta.