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Cardilium

Cardilium

doei

Doei-te palavras de poemas,

Gargalhada e choro,

Paisagens de montanhas e mar,

Foz de rios e nevoeiro,

Prados e lagos inacessíveis;

Ofereci-te a nascente de mim.

 

As minhas mãos escravas nas tuas,

Carpiram rugas não mais desfeitas,

Dentro do mesmo tempo,

Vi escuridão e luz;

A tua boca na minha,

Já é só recordação.

 

Sorvo no peito uma rocha,

Que sei ser dono de alma,

Que o meu peito já não sente,

O que sinto eu de falta,

Palavras feitas de poemas,

Adormecer na lua alta.