dança das mãos
mãos em dança na luminosa madrugada,
dedos que se erguem e lutam pelo destino,
o rio num estreito fio de água escolhe na foz o descanso,
o mar suplica a voz que se silencia,
do outro lado o mesmo mar faz outra praia,
e a outra praia é feita do mesmo mar,
faz frio que não tem corpo,
e no meu corpo sinto mais do que o frio e o mar.
espero,
aguardo, oiço,
sei que o tempo serão pequenos pedaços que juntos,
incorporam e decidem a luz que decide esta espera.
mãos em dança na luminosa madrugada,
dedos que se erguem e lutam pelo destino,