Corrupta esta forma cega da fé dos homens.
Por vezes parece-me que a fé, os milagres, a crença, a proximidade a um ente superior é corrupta.
Parece que há mais concessões de milagres a uns do que outros. Não me parece que o fenómeno seja só e apenas em nome individual, aprecio-o em grupos também, mais a uns do que a outros. Há vezes até, em que me parece que são concedidas bênçãos a ateus convictos, hereges militantes.
Milagres, milagres, nunca assisti a nenhum, oiço por aí dizer que: “foi um autentico milagre” “que deus é grande e nunca me faltou” e “que nossa senhora de fátima me proteja”.
O que será necessário para ter uma bênção ou um milagre na minha sala de estar, no conforto dos quinze graus a mais que fazem de diferença para a avenida que cruza a minha casa?
Esta coisa de deus decidir por mim tem que acabar, não gosto nada de ditadores, gosto de decidir, escolher, ter livre arbítrio, pensar, errar, acertar, cair, levantar, e saber que se não for outro alguém, jamais poderá ser outro ninguém a salvar-me.
Corrupta, esta forma cega, da fé dos homens.