Abril podia ser no natal
Abril podia ser no natal,
Ou o natal podia ser em abril.
Passado o enterro do fascismo,
Segue-se o funeral da liberdade,...
As lágrimas são ocasionais,
Mas a fome é permanente,
A vida é desigual,
Na vida de toda a gente.
A liberdade? É passageira!
A memória? É efémera!
O natal podia ser em Abril,
Ou em Abril podia ser o natal.
Ambos são para esquecer,
Ou lembrar num dia somente.