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Cardilium

Cardilium

saudade

A saudade suada dos teus olhos verde pinho,

Amantizada de mar,

Percorrida nos pinhais que nos abraçaram,

Na nosso quase demente amor,

Vive repousado nas dunas,

Refugio nosso, cama e segredo.

 

A lua e o farol rasgaram os nosso corpos,

Mais do que as nossas bocas,

Juntos e amantizados neste querer de promessa,

De que tudo seria tão intenso,

Como a força do mar,

Falecido nas ondas da praia do nosso amor.

 

Na madrugada o pinhal refrescou-nos,

E o abraço na hora da maresia,

Salgou-nos a água que os nossos olhos gemiam de felicidade,

O cheiro forte a nevoeiro,

Adormeceu entre nós,

Neste querer plural de nos querermos.