saudade
A saudade suada dos teus olhos verde pinho,
Amantizada de mar,
Percorrida nos pinhais que nos abraçaram,
Na nosso quase demente amor,
Vive repousado nas dunas,
Refugio nosso, cama e segredo.
A lua e o farol rasgaram os nosso corpos,
Mais do que as nossas bocas,
Juntos e amantizados neste querer de promessa,
De que tudo seria tão intenso,
Como a força do mar,
Falecido nas ondas da praia do nosso amor.
Na madrugada o pinhal refrescou-nos,
E o abraço na hora da maresia,
Salgou-nos a água que os nossos olhos gemiam de felicidade,
O cheiro forte a nevoeiro,
Adormeceu entre nós,
Neste querer plural de nos querermos.