à espera da inspiração
Fica fria a candura do desejo, a ingénua vontade transforma-se com a noite em segredos que pesam mais do que o meu peso pesa na terra.
As estrelas sublinham a pontos de luz o sufoco que tenho encravado na garganta, ligação directa a este cansaço que não me permite sentir leve com cheiro a flores.
Vou morrer assim, preso, à espera do verão, à espera das marés que trazem as gaivotas à praia, à espera da inspiração enquanto sinal e redenção.
Morro assim, preso, à espera de vida. Mesmo que dure mais mil anos, aprisionado sou: - extinto -