Sem tradução que não um peito ardente.
Viver pela metade é fútil e iníquo do tanto que poderia viver,
Viver que seja já, que seja tudo,
E que seja nesta vida,
Que outra não existirá,
Se é que esta existe,
isso veremos depois,
Serei poeta?
Não sei,
Que seja pelo menos trovador do meu descanso,
Do sentido que necessito para ser gente,
E que seja enfeitiçado de sílabas candentes,
Sem tradução que não um peito ardente.