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Cardilium

Cardilium

Deslizo por mim abaixo

 

Desencontro-me com o tempo,

É vulgar ser vulgar,

Aponto me uma arma e forço-me,

Gosto dos meus conceitos,

Não cedo,

Não deslizo,

Não quero,

Não posso,

Não me altero,

Não me adultero.

 

Não falo de uns,

E deixo escondidos os outros.

 

Não falo do agradável,

Insisto no desagradável.

 

Não me sinto demente,

E ao mesmo tempo sou feito de loucura.

 

Não mostro o que posso,

E escondo o que não posso.

 

Mostro tudo,

Não busco sabedoria na perfeição.

 

Procuro ensinamento em ser menos imperfeito,

E tenho tempo,

Tenho todo o tempo.

 

Por isto mesmo:

 

Para ser grande, sê inteiro, nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a Lua toda brilha,
porque alta vive.”

(Fernando Pessoa)

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