Vulcao
Sou um vulcão inóspito e bravo
Feito de erupções volúveis.
Sou amante de uma fortaleza
Que me torna num esqueleto
Que caminha em direcção ao longe.
E o longe não é perto,
O longe não se sabe onde é,
É vago.
Como a presença na cratera de um vulcão
Que morre sem ser sepultado
Os vulcões são fugidios e intensos.
São graciosos de miséria,
Queimam a terra como queimas a minha cara,
São ágeis e efémeros.
Recolhem ás entranhas da terra que habitam,
Eu sou como os vulcões,
Quente e calmo,
Frio e quente,
Presente e distante,
Grande e pequeno.
Os vulcões são inóspitos e bravos
Feitos de erupções volúveis.