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Cardilium

Cardilium

Os números, as letras e a alma

 

Nesta misturada que são os números, as letras, os elementos e as pessoas, dei por mim a pensar que, quando não uso bem as letras e a pontuação, os números e as operações matemáticas, não me respeito e, acabo por não respeitar a ordenação.

 

De cada vez que não aplico um ponto final o quociente não é zero, logo, sobra-me vida.

 

Sobra-me vida que divido, sem hipótese de equação.

 

Sobram-me os desencontros e os encontros, e a impossibilidade da álgebra não se construir por letras.

 

As letras não são possíveis identidades quantificáveis, pois no seu âmago existe unicamente a qualificação.

 

Mas o que quero eu dizer com toda esta conversa?

 

Quero dizer que, quando adio começos ou finais, sobra-me vida e o que dela sinto, queira ou não queira, goste ou não goste.

 

De cada vez que não me afasto da árvore renego a minha alma e, continua-me a sobrar vida.

 

Sobrar vida é não a aplicar bem, ou viver de uma forma cega, com uma fórmula errada.

 

Descubro agora que viver sem sobrar-me vida é, faltar-me em parcelas de doses de tempo, por estar inundada, completa e habitada.

 

Sobra-me vida em tempo vazio, escasseiam-me as horas de vida preenchida!