"Ode a ceixe"
As cores são dádivas para os olhos.
Castanhos, verdes, azuis,
Distribuídos pelas rochas,
Semeadas de cactos encanto,
Agua, sal, vento e gaivotas.
Fardos aprumados de feno dão Alentejo à paisagem,
Dispostos à branca espuma de um mar batente,
Barcos abraçados predem-se no cais ondulante,
A faina aguarda a maré,
A esperança aguarda a divina a ordem de partida.
Benévolo regresso esperado,
A pele escura e sábia habita os homens deste lugar,
Vivências apalavradas,
Angustias construídas,
Decididas.
Não desistentes,
O mar corre feito sangue no sal das suas veias.