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Cardilium

Cardilium

Sofazando

Pudesse eu desigualar o vício que em mim sucumbiu e já seria mais do que eu mesmo. Formas redondas acariciadas por vozes centram-se no meu âmago ferido já sarado. A monumental orquestra rege-se a cada compasso que a pauta inquieta solta. No meu peito um embalo pertence-me.

 

A vida não é o dia em que se vive.

A vida é: a soma dos dias em que vivo.

A vida é a demonstração que vivo, existo.

É a melodia que me encaminha.

São as teorias erradas antes das certas e das aperfeiçoadas.

São as minhas fundamentadas mentiras transformadas em verdade.

São os meus enganos desenganados.

São meus conceitos de nada e de tudo o que não sabia pois, isento de vida, não se achava experimentado.

A vida aprende-se arriscando lágrimas e sorrisos.

A vida não é o dia de hoje.

O dia de hoje é apenas o dia de hoje.

 

Se o dia de hoje fosse vida, a vida não seria uma vida, seria apenas um dia. No entanto, um dia pode valer uma vida. Há dias feitos de uma vida, esses, recordamo-los como dias de alvorada. A vida, recordamo-la como os dias que nos juntaram o destino à alma, ao espírito, à luz, e ao sentir. Todos os dias sentidos foram vida. Os outros, são perdidos na procura do que não se encontra restando.

 

Encontrar não é achar. Disponibilidade não é apetência para se ter. Vida, dias, lágrimas e sorrisos, são a álgebra emocional, é o que nos fecunde a alma, alimenta o espírito e nos prepara para ser existência. A vida é uma alucinante viagem que exige quietude. A fé é, um desconhecido embrião que se agiganta em nós, de cada vez que beijamos, quem realmente nos beija. As bocas não são mensageiras de adjectivos ou hipérboles. As bocas são simplicidade e lábios suaves de ternura. As mãos são quem nos conduz. Abraços? São os apertos de quem nos acaricia de vida.

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