O sonho
Este despertar de dia deixa a nu o que eu queria prolongar.
O sonho!
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Este despertar de dia deixa a nu o que eu queria prolongar.
O sonho!
A escrever se defende a liberdade,
a escrever se cantam canções,
a escrever se fazem domingos de crianças,
a escrever se faz futuro,
a escrever se fazem homens livres,
a escrever se fazem palavras e peças de teatro,
a escrever se faz alegria e lágrimas,
a escrever se faz a luta,
a escever se faz amor,
a escrever se diz:
- chega ventura -
Sustentar a ignorância, é a forma mais fácil de manter a verdade percepcionada como se fosse a verdade, mesmo não a sendo.
Usam-na os políticos, os “criadores de conteúdos digitais” (seja lá isso o que for), os ditadores, bastantes padres e pastores religiosos, e os desatentos à sua própria vida, usando a sobra de tempo para a vida de outros, etc.
O combate faz na poesia, a igualdade nas canções e o caminho na luta.
Não sinto que exista para além das intermináveis horas de pensamento, de leitura e tentativa de escrita.
Não existo nos lugares onde a noite se faz, mas por lá me impaciento e escravizo.
Existo na música e kilometros que percorro.
Para além disto sobrevivo, que é uma forma de existência e escolha, por vezes fujo à tentativa de me deixar amar, outras, deito-me e aceito meio palmo de ombro e silêncio.
Há vidas tão desinteressantes,
que a pequenez da maledicência e melodrama,
entretém de dias a vida.
Solto uma pomba de picasso para se enfeitar de céu.
O nosso mar deseja outro país,
um país mais mar e menos terra,
mais melodioso e menos monocórdico,
sem fronteiras,
daquelas que dividem.
Estão a cortar as flores semeadas em abril e maio,
Uns quantos pensam um projecto lei para mudar as cores aos cravos,
Outros, trocar as sílabas de palavras como liberdade, igualdade, justiça e outras que têm direitos e pessoas dentro,
Outros ainda, pensam em fazer de abril e maio, um parêntesis para nos distrairmos com a perda de sentido e direção.
Tempos que assustam, tempos de passado, tempos sem nação.
Do nascimento das palavras à morte de quem as entoa,
a saudade fica acompanhada de uma boca órfã,
no peito resiste o abril conjunto que fomos.