Autoridades
Ao dar-te autoridade, retiro-te autoridade, pela satisfação que dou ao teu ego, pela minha visão, pelo não reconhecimento, por saber com o que conto, pela observancia da limitação.
Giro melhor assim!
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Ao dar-te autoridade, retiro-te autoridade, pela satisfação que dou ao teu ego, pela minha visão, pelo não reconhecimento, por saber com o que conto, pela observancia da limitação.
Giro melhor assim!
"Se a polícia atirasse mais a matar, havia mais ordem"
Dito por um alto irresponsável do chega, acerca de ordem publica.
Sem comentários!
Os estados fascistas da mente e os sorrisos burocráticos, são raízes semeadas de ervas daninhas futuras.
Já me chamaram (por isenção de conhecimento) o pai do b2b, tudo bem, o meu humor (não entendível bastantes vezes) releva.
No 500 ano do nascimento do pai (este sim, pai) da língua da pátria lusa, esta língua que vamos assassinando aos poucos, troca a beleza adjectivacional da nossa pátria por anglicanismos importados que nos ferem, como se de valiosíssimas palavras se tratassem numa descrição sem raiz etimológica que a sustente “coisas” tão vulgares como “door to door”, “budget”, “target”, “STI – Short Terme Incentive” (este por grandeza de razão arrepia-me todo), carpark, packs, Agent Stores etc, etc, etc.
E eu?
Eu, ando num Portugal mais do que profundo a traduzir o que quero transmitir, que é basicamente, ganhas xis, ganhas ípsilon, ganhas xis mais ípsilon, e, já nem posso ouvir o meu companheiro do Palmas Gang, a embalar-me com um: “enquanto houver ventos e mar” – “a gente não vai parar”, e o Jose Mário Branco a gritar-me ao ouvido: “mudam-se os tempos mudam-se as vontades” verso extorquido a Luis Vaz de Camões, e eu a pensar na Laurindinha a “deitar os olhos ao mar”.
Vou-me fintando a mim mesmo como o Futre colado à linha a sentá-los na cabeceira, e vou lendo, o Lobo Antunes, o Luiz Pacheco, o Al Berto, a Sophia, a Natália, a Espanca, o Machado de Assis, o Marx, o Saramago e tantos e tantas outras e outros que me aconchegam antes de eu relativizar os milhões que são sempre escassos, e a corrida aos quilowatts pico, que eu de pico só me lembro, da ilha.
E o DJ que existe dentro de mim vai tocando, Massive Attack, Portishead, The Cure, The Smiths, Talking Heads e reparo que já vou a 176 kmh, num sonho que me diverte e preocupa.
Eles não sabem quem eu sou, sabem o que eu entrego. E está tudo bem com isso. Nós vamos continuar, agora em carro de administrador. À grande. Para baralhar.
Fresca pedra,
sombra de oliveira de companhia,
vento norte,
olhos claros esperando a lua,
aos domingos as manhãs cheiram a madrugada.
Nasceram outras flores que não viste,
mãe,
sem semeio,
no canteiro debaixo da varanda,
o da saudade.
Tenho a liberdade presa parte dos dias. Na minha pele sombreiam grades aos quadrados de ilusão que eu preciso resgatar, destruir amarras educacionais, inadequações injetadas de falta de coragem.
Preciso de estar livre de mim por fora, que por dentro, parte de mim já existe.