Alerta
Como é que a democracia, por ser isso mesmo, democracia, legítima a sua própria morte por execer a democracia.
Nada está garantido. Alerta!
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Como é que a democracia, por ser isso mesmo, democracia, legítima a sua própria morte por execer a democracia.
Nada está garantido. Alerta!
A compatibilidade do humor. Essa sim, a diferença!
Na praia azul de mar moreno,
sobrevive das marés,
a rocha onde deixei o meu corpo adolescente,
e a saudade perene,
dos beijos e dos segredos depositados.
Mesmo onde nos encontramos divergimos,
soltos em prisões amontoadas de decretos por legislar,
em todas as tardes se junta a noite,
e o frio acabará por nos abraçar,
o mesmo sangue faz-nos iguais,
mesmo que em pensamento divergente.
Insensatez tentar definir este animal homem,
de vã gloria de posse,
de propriedade lavrada,
com ignorância apropriada,
sem sonhos mais do que amanhã,
e património mais do que já,
desconhecido das cinzas que se revoltam em reconstrução.
Existe menos terra a caminho do mar,
passo serras,
planícies,
florestas frondosas a pinho perfumadas,
detecto o ar agro a sal,
o sol a queimar-me a pele,
a maresia a embalar os sentidos.
Chego,
O mar aberto ali, onde existe menos terra.
É quase desconhecida,
menos o cheiro,
o sorriso,
o mar dentro,
as palavras - vem - beijo - boca - mãos -
e a ausência presente.
conhecida, sem saber o nome por que a chamam.
Quando a praia que se desconhece fica entre o canavial que o vento sopra e a escuridão que murmura, o mar pode ser incandescente mesmo com a lua enganadora. Por lá deposito a vontade e a recordação, por lá teima em ficar a noite mesmo que, na ensolarada tarde onde tomo o café vespertino a minha mente atrevida teime em permanecer lá, no mar, na lua, nos planetas, nas estrelas.
À Légua, entre o Vale Furado e o sonho!
Temos de adiar o desassossego, disse-me ela numa voz que imaginei sorridente e ao mesmo tempo desavinda com o tempo.
Desassossego é a inquietação que o tempo não me retira. Adiar, é prolongar este sentir que eu sonho manter, nos passos dados nas noites que se tornaram desencontros esperados.
Adio semanas pela próxima valsa, retardo horas pelo próximo olhar, prolongo minutos pelo abraço seguinte.
Já este desassossego não tem tempo. Não posso adiar. Não posso antecipar. Não o consigo manter dentro do tempo, enquanto elaboro estratégias de negociação, margens, lucros, deve e haver, modelos de negócio, estudos de mercado e, nada adia nem confirma o que se pressupõe protelar.
Roubas-me anos à idade e fico um adolescente maduro com o prazo que a idade tem.
Sinto-me mais vivo desassossegado, mas tens que me ensinar a adiar.
Talvez procrastine, assenta-me melhor.
Enquanto isso, cheiro a camisa por lavar!