Guardo todas as porções de tempo infelizes para as voltar a usar. Quem sabe se não se transformam em qualquer outra experiência menos dolosa.
Já todos os momentos felizes, ficam intocáveis no escaparate da minha memória, sabendo eu, que não seria o que sou, sem ambos pedaços de tempo experimentado.
O tempo é-me despertencente, apenas me é pertença por empréstimo.
Só vejo um jogo de futebol por semana, o do clube que eu gosto. Já acho por vezes que duas horas gastas assim já é muito, mas vejo. Não vejo de outros clubes, não por a clubite não me deixar, mas porque efectivamente não retiro qualquer tipo de prazer nisso, é seca para mim, estar ali a olhar para um jogo e não sentir coisa nenhuma (às vezes acho muita graça aos comentadores, mas relevo). Ainda assim, e por ser notícia de rádio, jornal etc, estou a par da “cena “do Sérgio Conceição em se recusar sair do campo após a expulsão, é uma cena de criança, só que aqui ele não é o dono da bola e o jogo tem de continuar. Não consigo julgá-lo porque não se julga uma doença. Agora com a idade que tem, devia pedir ajuda especializada, há qualquer coisa de patológico no comportamento e na mensagem que um influenciador como ele passa e, isso é grave que se mostre em directo em prime time. Ele não é culpado, mas não podemos mostrar isto às pessoas, é grave. Há solução e ele deve procurá-la pela próprio seu bem-estar. Psicoterapia, 2h por semana, em seis meses já surte efeito. Caro Sérgio, procura ajuda por favor, por ti, apenas por ti.