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Cardilium

Cardilium

As árvores são gentis

Sob o Indico adormecerei

Terra crua

Terra crua, escura de um azul cheio de mar a abraçá-la,

sem queixume.

 

Sobra o mar,

sempre o mar.

 

Sobram os olhos que sonham em silêncio,

sobra o sonho.

 

As tardes gastam-se,

o sol empobrece.

 

O tempo descansa nas palavras,

a noite solta-se a olhos vistos.

 

Há momentos em que as palavras se abraçam sem se conhecerem.

Sete cores do arco-íris como uma bandeira de uma nova nação


Mesmo que não me olhes e resistas de olhos pregados no chão, o sorriso disfarçado de ausência e os passos que não se embalam de ti, denunciam-te.

 



Escrever para mim é uma luta contínua entre a neurose e o equilíbrio da lucidez. É uma purga. É um remendo ou uma remediada contra-acção.

 



Todos. Homens e mulheres, são necessitados de calorias de ternura e afecto. A aprendizagem demora para lá de uma vida.

 



De mãos dadas atravessaram-se as sete cores do arco-íris como uma bandeira de uma nova nação.

 



Impenetráveis, os teus beijos serão sempre a virgindade do teu olhar, mesmo que me vejas de cegueira.