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A vida não tem acerto ou erro, mas possui apropriadas ou desadequadas posições, é esse o risco de viver, é esse igualmente o desafio de estar vivo.
Sou o poder de alterar posições.
Sinto-te,
em cada palavra com que me inventas de mim mesmo,
em cada poema desenhado que perfumas como rosas de maio,
em cada sorriso revolto de um mar de vontade.
Sinto-te,
em cada desabafo com que me desassossegas e acalmas,
em cada sonho que cuido,
em cada compasso desordenado do meu coração.
Sinto-te,
Na melodia incandescente de uma valsa em ré menor,
em cada descoberta que me arrepia ao pensar-te.
Sinto-te,
em cada pedaço de saudade que me toca,
em todas as recordações cravadas do meu peito no teu,
de todas as vezes que as minhas mãos inquietas se deram às tuas.
Gosto do termo “saudáveis mentais” 😊 seja lá isso o que for, nem que seja só arrogância e ignorância ou, no limite, alguém avassaladoramente aborrecido.
Ouvi isto hoje num contexto onde tive que falecer um bocadinho, para voltar depois.
É assim, um imbecil doutorado, é um imbecil doutorado.
Tenho muitas dúvidas - ou certeza - que o que trata as pessoas seja a psicologia ao invés da filosofia.
Haverá algo melhor do que a estrutura do pensamento? A criticidade, a multiplicidade, a soma da massa crítica acumulada?
Tenho muitas dúvidas - ou certeza - que a filosofia não cure a "gente" como a poesia.
Incompreensível para o fígado o moralismo do amor.
Sou palavra assustada e corajosa,
terrivelmente preso à liberdade,
sou lágrima e riso,
confusão e lucidez.
Liberdade sonhada de abril, liberdade.
Caminho lentamente enterrando o meu peso nos pés que me sustentam,
Quase que me suporto,
Quase que me albergo,
No meu peito quase estomago, visceral,
Baloiça pranto, choro e riso.
Madrugando-me,
Rompo o silêncio das nuvens que me tocam quase como o meu nome carregado de deserto.
Traz o que me leva a cada vez que se me dá e parte.
Lua.
deus que seja, se existir, deu-te esse cabelo revoltado que não podia escolher outros olhos para morar, lembro de ti num Alentejo distante na estação depois desta, onde a poesia não abala a velha ilha que sobrevive massacrada de mar.
Como tu. Como eu.