Misturo a terra com as mãos,
e penso sempre que as mãos é que se misturam com a terra,
são as raízes e o lugar,
que me abençoam aos braçados,
que me desprendem e soltam,
que me são chãos.
É sempre à mistura da terra que pertenço.
Uso o silêncio para acalmar as palavras,
as palavras para me agitaram o pensamento,
as duas,
o silêncio e as palavras,
para entender a poesia dos versos da existência.
Gosto muito.
Gosto muito.
Não me macem com o natal. Tenho direito a descrer.
Contruo e mato a saudade.
A cada partida celebrarei cada regresso,
A cada lágrima lembrarei cada sorriso desmemoriado,
Em cada fragmento de solidão brindarei ao velho amigo que já não tenho.