Há varias formas de descrever o sucedido, mas o nome é só um: filhadeputice.
O que eu vejo? Falta de espirito de equipe, falta de espirito e grupo, de entreajuda, de preservação da intimidade do outro.
O que eu vejo? Uma pessoa doente que devia ter a sua intimidade preservada. Há formas de o fazer, são feitas em várias vertentes, o empregador, os colegas, família, ela propria, etc.
O que fizeram? Uma sacanice que desumaniza a humanidade.
Ironia do destino CMTV.
Há possibilidade de recuperar, aqui: www.aaportugal.org
Não aprecio flores colhidas como sinal de afecto, aprecio flores nos seus canteiros sossegadas sem a crueldade da transcrição projectiva da semelhança de quem arranca flores de um jardim, e lhes dá como destino uma morte num mono desgracioso com água apodrecida.
À roda das fogueiras aprendi sobre a vida, ensinamentos que só se aprendem à roda das fogueiras.
Não é possível aprender em Paris o que se aprende à roda de uma fogueira na serra de aire ou na pedreira dos húngaros, quem diz Paris diz outra cidade qualquer.
À roda das fogueiras aprendi a ler o fogo, a noite, o beijo, o nome das estrelas desenhadas no céu, aprendi a rota dos aviões, o nome de ervas, o valor do desejo e do amor também.
Aprendi que a noite não existe sem que haja noite e o lume não se repete em nenhuma labareda, aprendi sobre o valor da saudade, da presença, sobre as marés, a afinação dos pássaros no seu cantar, o caminho do vento entre as serras, aprendi acordes e canções, poesia e alucinação, fado e lágrimas choradas em tom menor.
À roda das fogueiras aprendi sem certificado que possa atestar conhecimento, aprendi com sangue e vida, metáforas e pensamento divergente. Tudo à roda das fogueiras.
É isto que vale para me entender a mim e ao mundo.
À frente a alma mesmo que não aliviada, o tempo do entendimento será alcançado e com ele a catarse simplista do alívio da compreensão, é neste momento que a alma se apazigua, e a verdade é a verdade, e a mentira é a mentira, as duas terão a mesma importância pela função, e nenhuma pelo conteúdo.
O espelho, a miragem, o teu angulo ao desapareceres na porta, o terraço, tu adormecida, eu inquieto.
Eu sossegado, tu a acordar no quarto onde o eco grita o teu nome, a caneta pousada em cima do livro que sublinhaste, o relógio de ponteiros luminosos como a virgem maria, a caneca tombada e esvaziada.
Tu, inquieta, eu a contar histórias sobre astros às estrelas, a garrafa entornada no chão quente do terraço, agosto ali, o desejo dentro do quarto e os planetas alinhados em saturno no céu.
Tu sossegada, descansando o teu peito nos meus joelhos, a tua cara no meu ventre, sim, porque os homens também têm ventre, desventrado, mas é um ventre, infértil.