Detesto a cobardia de não me meter ao caminho
Detesto a cobardia de não me meter ao caminho.
Gosto da sabedoria duradoura dos iletrados e do significado do nevoeiro por cima do sol nascente
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Detesto a cobardia de não me meter ao caminho.
Gosto da sabedoria duradoura dos iletrados e do significado do nevoeiro por cima do sol nascente
Há uma questão quase burguesa dentro de mim proletário.
Uma questão solidária e solitária.
Uma questão como a das flores, as bravias cheiram a flor, as outras são pétalas de enfeite.
O nevoeiro é como o arco-íris, no delírio sábio da minha fantasia.
Não sou fácil.
assusta-me a minha sedução pelo vazio,
o inexplicável,
o suicídio,
a solidão,
o medo,
o desafio,
a morte mais que a vida,
os regressos mais que as partidas.
as minorias,
os bêbedos,
os drogados e as prostitutas,
é como se a miséria colorisse a vida,
é-me querida.
Fantasio festins de alegria com as minorias.
vejo-me louco e feliz,
sempre de mala feita para partir,
seja da cidade ou da vida,
anseio real o pensamento do sonho,
sinto os lábios de rocha e pedra,
amo esporadicamente,
momentos.
Assim,
antes da vida,
o mar,
a terra,
acordes,
ventos e cravos.
Voto sempre em quem nao ganha, gosto de votar em quem luta e tem ideias para vivermos melhor e sermos mais felizes. É uma mania minha, nao votar em quem ganha. Sempre assim foi.
E seguiu, com a "arcebispada" no lábios trauteada.
Tantas noites assim caídas esvaziaram e esgotaram a minha alma, como se funestos devaneios e madrugadas por romper espalhassem esses cheiros, que constituem esse aroma confidente e melancólico onde me acolho e sossego.
O cheiro dos cheiros é a soma dos aromas.
Viver pela metade é fútil e iníquo do tanto que poderia viver,
Viver que seja já, que seja tudo,
E que seja nesta vida,
Que outra não existirá,
Se é que esta existe,
isso veremos depois,
Serei poeta?
Não sei,
Que seja pelo menos trovador do meu descanso,
Do sentido que necessito para ser gente,
E que seja enfeitiçado de sílabas candentes,
Sem tradução que não um peito ardente.
as flores murcharam com o descuidado amor,
as palavras,
o coração,
tudo secou,
sem que branco se tornasse o negro que ficou.
Há sempre grades no olhar,
distância por abraçar,
sonhos por sonhar,
correntes entre os passos a dar,
algemas na preguiça a erguer,
e grades que se levantam nas mentes que se queriam mais livres,
do que apenas e somente - espírito solto -
Espírito solto apregoado não é a liberdade da alma,
o que se alcança não se proclama,
inalcançável são as grades do olhar que torturam e angustiam.
Há sempre prisão no olhar,
mesmo quando as mãos se ensaguentam na planície,
e o caminho parece terminado,
o sonho não se confina.
Nada se encerra,
nada se enclausura,
nem as grades no olhar fazem sentir menos livre.