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Cardilium

Cardilium

Cmtn

Os vereadores da minha cidade são todos exageradamente barrigudos, mesmo os que chegaram agora, os outros não me admira ...  assim o discurso fica fraco. 

Voo de 80

Voar sobre a morte foi um exercício que apreciei. É como jogar roleta russa sem escolha de consciência.

 

Quem puxa o gatilho ?

Deus?

O destino?

A sorte?

O diabo?

O azar?

 

Tudo conceitos incontornáveis de confirmacao científica, de improvável e duvidosa veracidade, mas com vida adjudicada à necessidade de crer na limitação humana. 

 

Na verdade, nem a verdade está confirmada, tal a volatilidade com que se ajusta ...

 

 

- antes a morte do que tal sorte – val de mar farto

" ... Noémia, a vida da florida acácia que me trouxeste, é como uma historia sem estórias, mal contada, inventada, de maledicência procriada, que mata o tempo e mata gente, que autoproclama de pança cheia, o abandono dos filhos, pelas noites mal fodidas de homens tacanhos “desviventes”, o exemplo da cabeça amedrontada, do medo do dia raiado, da solidão entre o bulício da velocidade da vida, o afecto que se trocou pela marca do objecto que se adquire, a competição malévola do umbigo apodrecido.

 

Tão simples.

Para melhorar sem os remédios, os divãs, os grupos de grupinhos de sapiência duvidosa, basta parar, ler o livro depois da capa, ouvir a musica antes de a comentar, viver antes da morte, que a procura vertiginosa, sabe a vida..

 

Sabes, talvez até prefira a morte do que tal sorte, que a distração com a vida dos outros em continuado julgamento, já é a morte dançando em poço profundo... "

alma em mim de partida, ensanguentada, adiada.

Tenho todo o universo em frente a mim.

 

O mar. A noite. As estrelas. O céu. Os sonhos. A lua. O silêncio. Um livro. Um poema. As recordações. Uma canção. A madrugada. A viagem.  O mundo. Uma viola. As mãos.

 

A todo o meu universo faltas-me, alma em mim de partida, ensanguentada, adiada. 

EUA violação direitos humanos

Não consigo adormecer. 
Não quero adormecer. 
Não quero sequer estar vivo. 
Não poder matar, mata-me. 
Não poder devolver a humanidade à raça humana é desumano. 
Não poder ser livre com a liberdade dos outros, sem o capital, sem a força do capital, tortura-me.

 

Quanto mais acesso à cultura menos competentes somos.
A politica. 
Os políticos. 
A anormalidade com que se defende e ataca. 
A normalidade de nada se fazer. 
A Onu, a Unesco, A Unicef e todos os outros iguais. 
Os estados unidos. A Alemanha. A Rússia. 
Todos ….

 

Não quero adormecer. 
Não consigo adormecer. 
Espero ter enlouquecido. 
Quero ter enlouquecido. 
Não quero acreditar que estou lúcido.

 

Se estiver, matem-me a mim que não quero pertencer ao mundo … não aprendemos nada com a história.

…. o Trump, é um grandíssimo filho da puta, cheio de amigos como ele no mundo inteiro.

 

 

foto: crianças separadas dos pais na fronteira do eua

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clorofila

o meu corpo sofre males de dores que o meu sorriso esconde,

no meu peito alegram-se penas que as minhas lágrimas purgam,

já não sei onde começa o entendimento,

e onde acaba a inteligência,

são as memórias ensanguentadas que me ajustam à vida,

as viagens recordadas que me regulam o que sinto,

são as arvores que me crescem dentro,

que me “clorofilam” e tornam o sangue - verde esperança -  

lua azulada da madrugada

“ … Quando a única forma de sobrevivência for a ternura dos teus beijos, as tuas dilaceradas palavras escritas em pergaminho acerca da saudade serão o mapa dos meus pés, e de dentro de todos os minutos que sangram expostos ao sol tórrido do relógio da torre, não veremos mais avantajados burgueses, de pança chegada ainda mais abaixo do que foi um dia genital, serem os teus velhos e “uísquados” amantes, esperarei que a minha sobrevivência seja a musica que um dia te possa tocar, na beira do lado parado na noite agitada. Sonho em possuir-te entre as rochas que se desfazem com os corpos tombados em gemidos de ternura aguardada. Espero pela lua azulada da madrugada …”

Arvores

Os lábios, as mãos, a nuca, os tornozelos, a voz, tudo esteticamente simples. O olhar distraidamente cego, a luz, o desarranjo do cabelo, a música que se solta no andar, o bailado das palavras de silêncio que tento adivinhar, tudo me enlouquece na insónia das minhas noites de tentativa de adivinhação.

 

Tu és, o que eu não faço ideia que sejas. Se pelo menos me soubesses existir, eu fingiria ser uma arvore no jardim das três e meia da tarde onde fumas o teu cigarro. Mas fingiria ser qual arvore ? Talvez aquela que toca com os dedos no rio, para te salpicar de mim em toda a tua atenção.

 

Ser arvore e saber o teu nome, já me fazia adormecer. 

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