Sim, sou do Sporting. Um Sporting onde me revejo. Não este, onde idiotas arruaceiros, com défice cognitivo, mentecpatas, niilistas, antidesportistas, são encarneirados por um presidente dissidente da mesma bancada feita de claque e violência, que tenta disfarçar com um fato e gravata, voz grossa pseudo segura, um Dr. Para qualificar, o indisfarçável….
RUA … que volte a dignidade de não ser campeão que isso não é para todos.
"... Acerta-se na mudança de rumo o destino.
Quando não escutamos as existenciais experiências do que é a vida, do que foi, e de todo o patrimônio adquirido, não escutamos o destino .
Na verdade há mundos genuinamente diferentes e válidos, com linguagem diferente e roupagem a condizer, mas incompatíveis na partilha.
O rumo acerta-se na mudança do destino.
Ninguém nasce predestinado, se não, já aqui não estava, que o meu destino era abandonar a barca.
Nao deitei a barca ao mar para ficar pelo caminho.
Acerta-se na mudança de rumo o destino. .."
Lisboa das praças escondidas dos elétricos abarrotados de máquinas fotográficas penduradas de turistas,
De carteiristas abarrotados de dólares surripiados aos branquiços de olhos em bico,
Lisboa das ingremes calçadas calcorreadas por sandálias de meias brancas,
Contorcionistas, músicos e malabaristas em frente ao Pessoa do chiado vigiado,
Lisboa dos homens com cor que vendem branca, castanha, erva e pólen de flor,
Esta Lisboa que eu vejo sentado tardes inteiras entre o Carmo e a saudade,
Lisboa ao bairro alto do jukebox,
Do Combro descendente para o incógnito,
E o Tóquio de braço dado com o Jamaica,
Nesta Lisboa saudosa de mulheres generosas de decote aos marinheiros soviéticos via Texas.
VIDEO
pertenço a uma alma copiosa,
que não é propriedade que não se magoe,
ou resistência que não deixe de tolerar,
alma de impossivel descrição nas palavras,
dos poemas que tento escrever,
alma mater de mar e percurso inverso à dor.
já só sou as minhas mãos,
o que os meus dedos escrevem,
e os acordes que dedilham,
já só sou mãos e dedos,
e o que aponto como caminho,
o passado é o que existe,
o futuro apenas futuro, sem que nunca se saiba o que é o futuro.
Ressuscitaram as flores neste des.. Maio do teu olhar,
Já não habito no teu bom dia,
Na tua iluminada vontade de me fazeres dançar,
Na nossa fantasia de corpo.
E de copos entornados de vontades.
- não se constrói um poema, um poema deixa-se sangrar em plenos pulmões do coração -
poesia clandestina,
que reside no cais,
no naufrágio,
no doce e no amargo,
que ajuda a entender a morte,
e jamais entenderá a vida,
poesia que sofre e se alegra,
se constrói e desmantela,
sempre velha,
sempre bela,
fugidia e rebelde,
paixão escondida,
clandestina.
estou equipado com um alarme,
sinto-o,
chama-se intuição,
tem-me sido fiel,
útil,
um instinto de sobrevivência,
um faro que me invade,
um pressentimento que não me engana,
superior a deus ou religião,
o meu instinto sou eu.
desço a rua neste passo que me conhece,
as mesmas mulheres,
com as mesmas crianças que crescem no envelhecimento de nós.
desço sempre a mesma rua,
do meus país,
e o mar sempre ao fundo vejo-o negro numa nesga de sol,