Lua cheia de lua, noite, olhar, mar, sonho, desejo, céu e vermelho a condizer.
Lua onde desfaleço depois de mil sóis de cansaço, de todas as madrugadas crescentes e, do vento ordenar-me contrário o caminho.
Repouso agora os bocados de mim que sobreviveram a outros negros pedaços de mim desigualmente.
Arrasas-me com essa inexistência de quem passou de amigo a indiferença.
Os meus lábios prendem-se de palavras silenciadas.
As minhas mãos vivem com a saudade de se apertarem nas tuas .
O meu corpo geme da saudade de dançar no teu.
A madrugada lembra-me o abraço e o terraço onde estas palavras e outras descritas, poemam as minhas recordações guardadas com o teu cheiro.
A tua voz vive agora fora do meu entendimento e já não poderei sentar-me na tua mesa e ser ingenuamente eu.
Arraso-me no silêncio ruidoso da minh'alma