Forte cheiro de aroma e recordação das mais de mil poesias guardadas nos dias por ler.
Um outro trago e, afabo todo o mar de uma só vez, por não querer que o mundo me seja sóbrio, sentido, sensato e irreal, nesta fundação de mim mesmo ébrio.
Outro dia.
Mais um dia.
Só um dia me descreve.
O dia que findará na noite eterna e ausente, nos mais de mil poemas por lapidar.
Rogo pelo fim do tédio das cabeças "descondizentes" com os sorrisos que me massacram o corpo.
Já nem um sorriso esboço quando, cai do beirado, uma gota de orvalho pela manhã fria e deserta. Deserto é sempre os dias em que me querem dizer o que não quero ouvir, e muito mais do que ouvir, saber ou querer sequer saber.
Não me interessa o tédio da vida alheia. A minha basta-me. Sobra-me até. De miséria chega-me bem. Odeio quem não gosta de ser só, e inclui quem à mão se presenteie.
Rogo pelo fim, mais do que pelo principio. Qualquer tela depois de pintada, não será mais virgem, no entanto, pode-se “revirgindar” por uma obra mais prima ou meia irmã.
Quem escreve, escreve sobre o que observa, o que ficciona, o que cria e às vezes sobre o que sente.
Amontoa palavras e purga-se. Nem sempre quem escreve é um pobre coitado. Quem o faz, faz companhia a ele próprio e purga-se na impossibilidade de se sentir acompanhado.
Geralmente são pessoas que têm desinteresse em conversas enfastiadas e desinteressantes e, a vida dos outros, nada lhes interessa.
Alguns têm uma vida horrivelmente normal das 8 às 17h ... e, são também "normais" quando precisam de um salário. Chegam a desempenhar bem as suas funções...
São pessoas de amor, em desamor continuado e escolhido.
sem que o mar tenha ordenado, o sal cristalizou nas lágrimas que voam dos meus olhos, partida sem regresso ou oposição, corpo incandescente e incomparável, à medida desassossegada que sufoca a minha alma.