O teu corpo está em todas as minhas palavras, assim como o teu rosto de prazer está em todas as minhas fantasias.
Todas as noites em que o teu cheiro não adormece no meu peito é um dia adiado, há espera do dia seguinte.
As tuas mãos são a esperança que os raios de sol anunciam no meu peito, como se eu desejasse que me arrancasses o coração e o adormecesses contigo, nas noites em que não estás.
"... quero uma familia como o rio grande que vejo passar, enquanto dedilho uns acordes de uma música que evoca são macaio.
Um rio grande cheio de outros rios que se lhe juntam, mais os ribeiros que se juntam as esses rios, mais a chuva e as gotas de orvalho que rebolam do vermelho dos cravos outrora liberdade.
Quero uma família grande como a chuva, unida e solidária como o sonho de abril adiado. A minha família são três pessoas e menos amigos ainda do que três.
A vida é a nossa história e, essa, tenho-a cheia de amigos e família, quando eu não tinha família nem amigos. Depois, deixei por evolução de ser o que era e passei a ser quem sou, como um rio que recebe os outros rios, ribeiros, chuva e a gota de orvalho do encarnado cravo, por aí juntei-me ao mar como o rio, que mesmo imenso, é desafinado com a música que dedilho.
O mar sabe bem o que eu andei para aqui chegar. Só, com são macaio e uma pequena família..."
A incapacidade de não depender o meu bem estar de mim somente causa-me medo.
A incapacidade da não apreciação da minha companhia como se houvesse outra mais necessária ao meu bem estar causa-me solidão.
Aprecio a espaços a minha companhia e bem-estar e, quando sou invadido pela necessidade de dependência de alguém, vou para a serra que me viu nascer, sento-me na minha pedra favorita e deixo a musica do ribeiro que passa embalar os meus sonhos. Esses são capaz.