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Cardilium

Cardilium

solidário e resistente

Respeito muito as minhas lágrimas e a igualdade,
Respeito as diferenças como semelhanças,
Idiotas,espertos e maldizentes irritam-me,
Não tenho pachorra,
Não quero proximidade.

 

Num contexto extrinseco posso escolher, posso não estar

.

Numa prespectiva intriseca nao me faz nenhuma espécie a opção sexual, o bom gosto, a forma dissemelhante de pensamento, o afecto, a religiao, o passado, os sonhos, as escolhas.

 

Eu tenho uma opção sexual. Sonhos. Passado. Escolhas. Pensamento divergente. Afecto. Não ha diferenças.

 

Abomino, revolta-me e nao entendo, a brutalidade de julgamento de escolha com actos terroristas em nome de que deus menor for.

 

Fico com mil palavras e vontades encravadas na garganta, solidário e resistente.

Apeadeiro da paz

Quando pétala após pétala o cheiro se tranforma e amadurece,
Desaparece de mim o medo da incerteza do medo,
Entendo então a primavera como estação da esperança,
Apeadeiro da paz que sinto na minha companhia.

madrugada sobrelotada

“ … Gosto de reflectir é um facto. Necessito de observar outro facto.

 

Na reflexão e observação nasço. À velocidade que o mundo está, seria fácil (se eu não cuidasse de mim) aderir aos conceitos dos outros, às frases feitas e divulgadas massivamente, viver até a vida de alguém que não a minha, a sua sensibilidade, reflexão e observação. Não o faço. Escolho-me a mim e às minhas ideias.

 

Na verdade as páginas partilhadas são conceitos para nos retirar o pensamento, ao invés, promove que alguém os adeque à sua própria vida. É uma coisa do género “não é bem bem isto, mas serve”. Não, não serve. Serve-me apenas o que eu realizo, o que eu penso.

 

Como pode alguém falar de amor por mim? Falar de sentir por mim? Falar de pensamento por mim? Falar de dor por mim? Ou falar no que eu creio e sinto. Posso (mas posso pouco) achar num pensamento algumas parecenças com um meu, mas neste caso as diferenças são o que falta para ser - o meu pensamento ou sentir -. Não embarco em “post´s” de filosofias que não as do meu próprio crer e querer.

 

Quanto aos poetas não os há por aqui. Existem uns quantos administradores que administram (duvidosamente) em nome da poesia e dos poetas.

 

- Os poetas são feitos de outra massa. Mais das entranhas. Mais íntima. Uma massa mais humanizada e menos popularizada. Uma massa não social e sem nenhuma importância se se gosta, ou se não se gosta.

 

- Os poetas não têm tempo real tal é a velocidade da sensibilidade percebida.

- Os poetas acordam para escrever, não escrevem encomendado por nenhum editor.

- Os poetas têm nas vísceras a angústia e o sentir incompreendido.

- Os poetas têm no retiro a exaltação da plenitude da solidão.

- Os poetas e a poesia não são de megalómanas manifestações sociais, nunca o foram, nunca o serão.

- O poeta é um miserável emocional tal a grandeza que é ser miserável aos olhos de uns, e engrandecimento aos olhos de alguns.

 

Gosto de pensar e observar no recanto da minha alma fugidia …da madrugada sobrelotada …”

Éramos domingo e não sabíamos

No meio de arrumações onde sempre me desfaço do que não preciso e guardo o que me faz "ainda" falta, descobri estas palavras de Jan/1991, manuscritas, naif´s... :-)

Já viste?
Quase que toco as nuvens!
Já viste?
Quase que te adivinho!
Já viste?
O sol está mais fresco e é mais fresca esta tarde!
Já viste?
Eu sei onde estás!
Já viste?
Descobri-te!
Já viste?
Descobrimos juntos o enclave de nós mesmos!

Já viste?
Toco o sol,
Já toquei o mar,
O teu rosto,
A tua alma,
A tua anti-existência,
A tua transformada vida.

Já viste?
Se antes nos doíam os domingos insatisfeitos, hoje satisfazem-nos as tardes como quando éramos meninos e nos obrigavam a ser tardes de domingo.

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Só proveitos e oportunidades

Qual é o problema de errar?
Qual é a vantagem de acertar?

 

Não existindo o erro não existiria o acerto, a mudança e a evolução,
A perfeição enfadonha me. Aborrece-me. Faz idiota as pessoas em que encarna.

 

O erro é como os abraços, confortam-me com a oportunidade,
Com o aperfeiçoamento, caminho inverso da perfeição.

 

Qual é o problema de errar? De não ser perfeito? De não ser uma construção? De ter gostos dissemelhantes?

Nenhum. Só proveitos e oportunidades. De aprender. De apreender.

livre merecimento das escolhas

Por vezes neva neste deserto quente e árido,

As flores enlouquecem com o sabor da neve,

Como se não tivessem sido vacinadas e tivessem sucumbido a uma virose pouco potente,

Apenas porque cresceram no local errado e fora de tempo,

Como um rio que nasce na montanha e desenfreadamente galga todas os penhascos até se acalmar na planície,

Como os beijos,

Tal qual como os beijos dados na boca errada,

Como os beijos a desentenderem-se nas bocas e nas línguas que não entendem a idioma.

 

 

Os beijos, as bocas, as flores, os rios, as montanhas, as planícies, a neve, o deserto, a calma e a alma,

Ou se pertencem,

Ou jamais se pertencerão,

O desentendimento é a liberdade para continuar o reencontro definitivo,

O desentendimento empurra-nos para a procura,

O desentendimento satisfaz os ousados,

Os não rendidos do sítio onde pertencem,

Os despertencentes militantes,

Os guerreiros arautos da esperança,

Os capazes de pensar no.livre merecimento das escolhas

habituação e convivência

O patamar dos patamares da minha emoção,
das minhas emoções,
são como um dia de Verão que desperta nublado e frio,
e se transforma por nada e/ou razão aparente,
no dia a que pertence.

 

São assim os degraus radiosos da minha emocionalidade.

É uma questão de habituação e convivência.