A alma! A "coisa" mais silenciosa que eu conheço que tem um ruído que desconheço.
A alma não tem direcção! Tem sentido.
A alma não dói! No entanto tem chagas incuráveis e dolosas vontades.
A alma é fiel na felicidade.
As vontades da alma são sempre isentas de dolo.
As almas são como árvores e têm raízes que proliferam na terra. São férteis. As árvores têm seiva como sangue que as mantêm vivas e possuídas de um recanto sombrio. A cúpula é o início da alma das árvores, que juntas fazem uma floresta onde os raios de sol irrompem em sinónimos de igualdade regrada.
O silêncio administra os dias, as faces desconhecidas, o conhecido e exacerbado sorriso excêntrico, quedo e tranquilo.
A fresquidão adormece-me no meu peito fervente de ideias, sonhos e inspiração. Os vernáculos pensamentos e eróticas melodias descem em mim. Treme-me o timbre imaginado de uma voz desassossegada e escondida. Tranquilo, acomodo-me arraigado a uma linha que denomino raiana para saber ser: - a fronteira do terreno, do espírito e da alma, essa "coisa" silenciosa que tem um ruído que desconheço.
Quando o amor se desgasta, e o corpo se arrasta, mais do que farta a mente, opaca, a alma não sente, as serras e os rios vertem lagrimas e lírios,... as palavras esgotam os poetas esgotados de entendimento, amanheço culpado por não amar, adormeço esperançado que seja apenas eu e não a humanidade, vivo a morte em forma de vida, sem norte, longe, a sul, vive a vida, encantamento adiado, dia a dia mais castrado.
Invejo os pássaros voarem, as flores sorrirem e o vento silvar. . . Invejo o mar e as tempestades, o sol e a chuva, Invejo tudo o mais, ao invés deste desamor desgastado. . .