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Cardilium

Cardilium

Esse verbo Amizade !

   Esse verbo que se conjuga de cor ! Esses momentos de dádiva repartida , expontanea , sem cobranças ou recompensas. Eu amigo , tu amizade. Ele Amizade, nós presença. Eles, os amigos. Aqueles que se magoam e se ofendem com pequenas coisas , que se transformam em "plenos" . Plenos de presenças. Plenos de divisões e partilhas. Plenos de segurança. Plenos de conforto, de os sabermos ali para nós. Depois existem os momentos. Existem as baladas, as tempestades. Existem cumplicidades e verdades. Existem olhares que falam. Existem palavras ditas em silêncio. Existem segredos que não pesam. Existem risos e choros. Existem os abraços. Existe o mar da musica. Existe o desaguar , a foz , o cruzamento do sentir. São escassos os Amigos. Sem tal verbo, impossivel seria a caminhada, do deserto para o céu. Do monte seria nublada a visão. Nada se avistaria. Tamanhas pérolas, preciosas e raras, são os amigos que guardo. Agradeço a Deus tê-los posto no cruzamento da encruzilhada. Crescemos juntos por um trilho sinuoso. Um trilho cheio de tempo e invadido de tempos nossos. Crescemos entre latitudes. Latitude de um tempo submerso ressuscitado. Um tempo desperto e adormecido. Tempo de madrugadas partilhadas. Como diz a canção "o tempo tem mais olhos que barriga". Juntos fizemos Kms para ouvir a canção. Dormimos na praia. Adormecemos de cansaço a ouvir o jazz da madrugada. Acordamos juntos com sol do meio dia, no Gerês , no Alentejo. Continuamos no mesmo trilho tanto tempo depois. Assim, espero continuar a ter-vos a meu lado. Bem hajam meus amigos JP-PP-JC-JK.

buarque da holanda ?

Andei de miúdo a ouvir o Chico. Nasci a ouvir o Chico. O meu Pai é Chico. Alimentei um sonho pelo Chico, que depois se tornou Buarque da Holanda. Buarcos é para mim do outro lado da Figueira Foz, antes de subir a serra da Boa Viagem. Buarque para ele é na Holanda. Para mim a Holanda tem outro cheiro. Cheiro que o Chico Buarque não trouxe ao Coliseu. Fez me lembrar aqueles jogadores da bola, actores, atrizes e empregados de mesa, que Amam Portugal,mas para quem os Portugueses sao os Zés Pá. Não gostei decididamente. Valeu os musicos com quem se fez representar. Ele impavido e sereno , fez o que tinha a fazer, tocou , cantou , mas nao encantou. Não houve empatia , nem mesmo quando os "benzocas" se levantaram em coro para trautearem o nosso alecrim. E foi o momento da noite com um cheirinho d`alecrim. Para mim foi na "boa", apesar de ter demorado uma eternidade para lá chegar. Sentei me á porta e ria me para quem passava. Vi umas pernas de leitoa. Um feliz louco de turbante já meu conhecido. Os rapazes do cardápio. Sons atenenses  ecoavam pelas Portao de Santo Antão adentro em ritmos africanos , que me convidavam para o tal fim de semana em Barcelona. As portas abriram se para mim. Entrei. Sempre em amena cavaqueira com a minha companhia, fiz amor naquela sala com a musica. Fiz amor naquela rua com o vento. Fim amor com os graos de açucar da brendeira dos Santos. Fiz amor debaixo da arcada e no rio que secou  por ali. Fiz Amor pelo caminho. Ainda faço Amor , quando faço. O sexo é Amor disfarçado que o tempo desengana. O Amor não tem tempo. O Amor ocupa o espaço que o sexo não tem. O Amor tem somente desejo de estar. O sexo só tem tempo de partir. O Amor não se confude. O sexo é confuso. O prazer está em Amar e ficar. E assim canto o Amor que por lá fiz outra vez, que o da Holanda num delirio alzheimeriano esqueceu-se de fazer para nós.

Estória para Arantes -

Sinto aquele lugar, como que um regresso ao futuro. Mas se é futuro não é regresso advertem-me. Olhámo-nos. Entendemo-nos. Ambos temos sonhos. Sonhos de enlouquecer por ali, com o vento que faz dançar, as flores daquela areia pesada. Sonho de enlouquecer por ali, junto á casa do telhado esquinado. Sonho de enfeitiçar o mar e dançar com ele. Tenho sonhos !... Só isso sonhos. Sonho de acordar antes de adormecer, para ser o primeiro a pisar aquele chão. Sonho de adormecer para sempre por ali. Na Gelfa , ali , entre o Douro e o Minho, a caminho meio da Galiza. Os montes erguem-se por detrás a nós, agitando-se de acordo. O café sabe bem. O sal misturado com o sol encadeia-me. O forte que se ergue do mar de Caminha, projecta-me estórias. Estórias que correm, entre os carris da curva inclinada, do comboio que não vi passar. O sítio antes. O sítio depois. O sítio daquele hospício leva tudo, nada traz. Voltar dali, dá-me o sentir nostálgico, do regresso do ano novo. A saudade embargada pelo riso incompreendido que deixo escapar. As lágrimas de Julho que lá deixei secam-me. Não existe regresso, sono, frio ou fome. Existe somente silêncio e palavra. O mar alterna mais descarado que a alternadeira do bar. O mar é autista. È voltado para dentro, inteligente, sensível e sedutor. Cheira bem a terra boa. Desgasta-se por lá o gastar. Gasta-se o tempo com o tempo. Gasta-se o Amar com o Amar. Vai se devagar até ao cruzamento. Depois tudo volta á anormalidade do ruído. Às marginais decoradas com turistas americanos, para inglês ver. E tu olhas-me em "Grande". Roço-me em ti. Aninho-me. Adormeço vindo da Gelfa e sonho-a, pelo 6 de Dezembro

Aborto vs Zita Seabra ...

  Aborto ! ... Não entendo muito bem, o que é isso de legalizar o aborto. Legalizar a interrupção voluntária da gravidez.
  Ponto 1 - Parece-me a mim, que o aborto existe , sempre existiu e sempre há-de existir. Sendo assim, legalizar não me parece a discussão correcta. Ele ja existe. Parece-me que só se pode olhar para o problema de frente, e não enviesado , ou pior que tudo de costas.
  Ponto 2 - Se existe, e é uma situação de alto risco para as mulheres feito sem condições, e, se nem todas podem fazê-lo em Espanha , então porquê , não permitir que se faça aqui ?
  Ponto 3 - Para quê gastar um dinheirão no referendo, e não usar esse dinheiro para regular a prevenção ao aborto.
  Ponto 4 - A prevenção ajuda a resolver o problema. A prevenção começa em casa. O Aborto não é crime, mas cada caso é um caso. O aborto permite a alguém  ganhar fortunas indeclaraveis no IRS. Olhar de frente, legalizar e pronto. A Igreja não tem moral para nos condenar. Quantos filhos sem Pai, são filhos de padre e de puta. Sendo as senhoras suas mães, mulheres honradas. A Igreja do sec XXI que condena o uso do preservativo , está de costas voltadas para o mundo .Vive ainda no sec XV. A Igreja não evoluiu e resusa-se a evoluir. A Igreja esta velha e caduca. É pena, porque a religião é o ópio do povo. A fé faz falta. A moral também. Mas os falsos moralismos são dispensáveis. Agora apetece-me, lembrar uma ex-antifacista, lider do movimento estudantil pela liberdade , membro de uma "coisa" que se chamava UEC , mulher da frente , mulher de maio de 68 , ex exilada politica Parisiense. Mulher que privou, e privou mesmo, quer se goste ou não , com  escritor , pintor , doutor, sabio e politico Dr Alvaro Cunhal. Mulher que em tempos defendeu mulheres  e  desigualdades , ter a ridicula opinião ,e a falta de sustentanção da mesma , em directo numa 2 feira , sem prós e com contras. Indigou-me a sua falta de bom senso. Indigou me a mudança. E só me resta dizer uma coisa . ZITA SEABRA QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ . ESTAS VELHA. NÃO DE IDADE, NÃO DE SEXO. ESTAS VELHA DE ALMA. ABORTA !.....