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Cardilium

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viajantes

Esta coisa da modernidade das aplicações informáticas mudou o mundo. O mundo tornou-se pequeno. Esta coisa de Bangkok ser longe acabou. Bangkok afinal esta á distancia de um clique. As pessoas continuam a viajar mas deixaram de ser viajantes. Melhor, os viajantes estão em vias de extinção. Os turistas têm poiso certo. Viajam e regressam. Os viajantes têm alma nómada e são ricos. Mais ricos que os turistas de hotéis luxuosos. Um viajante conhece o mundo e sabe como se sobrevive nele. Os viajantes não tomam pequenos-almoços em hotéis. Muito menos nadam em águas azuis celestes. Os viajantes têm alma de cigano. São nómadas. Ora a diferença entre viajar e conhecer sítios é relevante. Comer ovos com salsichas ao pequeno-almoço na Índia, não é a mesma coisa que comer não sei o quê condimentado, mas que sabe bem. Parar nas passadeiras em Londres, ou os peões terem cuidado ao passar nas passadeiras em Marrocos é exactamente o contrario. Cada qual vive feliz no seu sítio. O viajante tem sempre o mesmo papel, sabe viver no sítio onde se encontra. Cada vez se viaja menos. Os viajantes estão em vias de extinção mas não param de viajar. Os viajantes guiam-se pelas estrelas. Pela intuição. Pelos sabor e pela cor. Os viajantes namoram com a lua e são terroristas emocionais. Vagabundeiam pelas emoções e querem ser cremados. Os viajantes são vagabundos de luxo.