Vivo de mim, resisti!...
Tu que rasgas de pranto a minha face,
Que me ocultas de saudade a existência,
Devolve-me os meus ofendidos sentidos.
Tu que pares desencantos,
Que adias promessas sonhadas,
Devolve-me suave, a saudade.
Tu que me esquizofrenizas a existência,
Esfaqueia-me de ti,
O pecado em que te transformaste.
Dilacera-me as lágrimas que gemo,
Dos lábios que temo,
E do sangue do teu gérmen.
Semente loira,
Trigo ausente,
Morena tez danificada,
Morto de ti,
Morri,
Mas vivo de mim, resisti!...